AS HISTÓRIAS DO POVO DO SERTÃO
Literatura de cordel é a criação popular em verso, impressa artesanalmente em papel jornal e ilustrada a partir de xilogravuras, um método de escavação em uma prancha de madeira onde é passada a tinta e sobre a qual se coloca o papel a ser impresso. Chama-se “cordel” porque os folhetos são pendurados em cordões nas feiras livres do norte e nordeste do país. Texto e imagem mostram, de moto pitoresco, cômico ou trágico, casos verdadeiros ou fantásticos, moralidades que registram o pensamento do povo e que são também declamados pelos vendedores.
Os temas mais freqüentes no repertório do cordel são o cotidiano do homem comum, o cangaço, o amor, os castigos do céu, os mistérios, os crimes e a corrupção, as festas populares e os costumes. “Os grandes acontecimentos / desastre, chuva ou virada/ de um trem ou caminhão,/ incêndio numa morada/ ou morte de um personagem/ davam uma história traçada”.
J. Borges é um típico artista popular, sendo um dos maiores responsáveis pela difusão da arte de cordel. É reconhecido no país e no exterior como parte do patrimônio cultural brasileiro, por extrais texto e gravura da aspereza da vida e em seu trabalho como cronista das comunidades anônimas do nordeste brasileiro.
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